Abrir um MEI é a melhor opção para quem quer sair da informalidade ou precisa de um CNPJ para abrir conta em banco e emitir notas fiscais. No entanto, em um primeiro momento, muitos empreendedores não priorizam a gestão financeira para MEI. É o seu caso?
Só que esse assunto deve ser levado a sério. Para garantir que o negócio opere com lucro, o empreendedor não pode gastar mais do que ganha e precisa separar o seu dinheiro das finanças da empresa.
Além disso, é importante guardar recibos e notas fiscais, além de pesquisar bastante antes de solicitar um empréstimo.
Quer entender melhor esse assunto? A seguir, mostraremos quais são os erros mais comuns da gestão financeira para MEI e como evitá-los. Vamos lá? Acompanhe!
5 erros da gestão financeira para MEI que você precisa evitar
1. Não separar a sua renda do dinheiro da empresa
Esse é um erro de gestão bastante comum: misturar as contas pessoais com as do negócio. No entanto, é preciso definir o que é seu e o que é da empresa.
O MEI tem receitas e despesas. O salário recebido pelo empreendedor é uma das despesas da empresa. Ou seja, o pagamento que o CNPJ fará para o CPF do dono da empresa.
Essa separação é fundamental para que as despesas da empresa não tenham impacto nas finanças pessoais do empreendedor. Por exemplo, o aluguel da maquininha de cartão de crédito usada para receber dos clientes deve ser pago com o dinheiro da empresa. Já o dinheiro gasto com lanche ou com almoço deve sair da conta pessoal do empreendedor e não do caixa da empresa.
Se você tiver um bar que passe os jogos do Brasileirão para os clientes, o valor da TV à cabo deve ser debitado da conta da empresa. Agora, se a assinatura for residencial, o valor deve ser debitado da conta pessoal do empreendedor.
Essa divisão ajuda a calcular os custos da empresa e projetar o lucro dos próximos meses. Assim, dá para saber se a empresa precisará de um crédito para MEI ou se as contas estão apenas desorganizadas.
2. Não fazer o controle financeiro da empresa
Controlar as finanças da empresa é fundamental para que o negócio permaneça saudável.
O MEI tem algumas obrigações — como pagar o DAS todos os meses, fazer a Declaração Anual do Simples e declarar o Imposto de Renda. Este último se enquadra somente se o empreendedor tiver rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2021.
Ao fechar as contas da empresa, no entanto, o empreendedor pode não saber exatamente quanto a empresa teve de lucro e quanto teve de gasto. Esse cenário é resultado da falta de controle financeiro.
Quem ainda não organizou as finanças da empresa deve fazer isso agora mesmo. Se o tempo passar, o empreendedor poderá esquecer para quem fez um Pix ou em quantos vezes parcelou o pagamento dos fornecedores.
Essa dica de gestão financeira para MEI é fundamental para saber quais dívidas ainda não foram pagas e quanto a empresa irá receber de dinheiro nos próximos meses.
Uma boa estratégia para não misturar os gastos pessoais com os da empresa é ter duas contas bancárias, uma jurídica e uma física. Essa organização deixará mais claro essa separação.
3. Gastar mais do que ganha
Outro erro da gestão financeira para MEI é gastar mais do que ganha. Por que isso acontece? Sem saber quanto a empresa lucrou e quanto tem que pagar nos próximos meses não dá para saber qual será o salário do empreendedor ou quanto estará disponível para investir em melhorias.
O dinheiro das vendas de produtos ou serviços deve ser gasto da seguinte forma:
- Criação de uma reserva financeira para pagar despesas imprevistas e para reinvestir na empresa;
- Pagamento dos gastos da empresa como aluguel, tributos, internet e compra de matéria-prima;
- Pagamento do “salário” do empreendedor.
4. Não guardar as notas fiscais e os recibos
Outra dica de gestão financeira para MEI é guardar notas fiscais e recibos fornecidos aos clientes. Como é preciso enviar a Declaração Anual do Simples Nacional com todos os gastos e rendimentos, essa organização tornará o trabalho mais simples.
Além disso, guardar esses documentos permite provar a fonte de renda da empresa. Isso porque a Receita Federal pode solicitar os documentos para conferência. Caso as notas solicitadas não sejam apresentadas, a empresa poderá ser multada. Isso ocorre porque o governo tem prazo de cinco anos para cobrar as dívidas atrasadas.
Manter as notas recebidas também é importante caso seja preciso revender os produtos adquiridos. Sem esses documentos, a empresa não terá um comprovante fiscal para apresentar ao futuro comprador. Além disso, a nota fiscal serve de garantia dos produtos comprados pela empresa.
5. Não pesquisar as opções de empréstimo antes de escolher um
Outra dica de gestão financeira para MEI é estudar as opções antes de fazer um empréstimo. Diferentes instituições financeiras oferecem linhas de crédito exclusivas para o microempreendedor individual, com juros mais baixos e pagamento facilitado. O ideal é pesquisar várias opções até encontrar a que melhor se ajuste ao orçamento da empresa.
Além disso, alguns bancos oferecem opções de microcrédito. Essa proposta do Governo Federal incentiva o empreendedorismo e promove a abertura de novos postos de trabalho. Tudo isso torna o empréstimo para MEI bastante atrativo e menos arriscado que os concedidos para pessoas físicas.
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