Seu sistema está pronto para a transição tributária?

O impacto da reforma no dia a dia das empresas e por que sistemas atualizados serão cruciais agora e no futuro.

A reforma tributária está em implementação e promete simplificar o sistema de tributos no Brasil já a partir de 2026. Mas, por trás da promessa de um modelo mais enxuto, existe uma realidade complexa que exigirá atenção redobrada das empresas — especialmente na forma como operam seus sistemas de gestão. 

Neste artigo, vamos te mostrar como a reforma impacta não apenas o cálculo de impostos, mas o funcionamento cotidiano do seu sistema. E mais: como a trans  ição entre os dois regimes tributários (o atual e o novo) pode afetar diretamente tarefas simples, como emitir uma nota fiscal ou precificar um produto. 

 

  1. Entendendo a nova realidade tributária: duas fases, um grande desafio

A reforma propõe a substituição de cinco tributos (ICMS, ISS, IPI, PIS e COFINS) por dois novos: o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), além do Imposto Seletivo. Segundo dados do Ipea, a complexidade tributária atual custa cerca de R$ 160 bilhões por ano em ineficiências para as empresas. 

Essa mudança será feita de forma gradual, com uma fase de transição entre 2026 e 2032, em que os dois regimes coexistirão. Somente a partir de 2033 teremos o novo modelo em funcionamento pleno. 

 

  1. Durante a transição: seu sistema precisa falar dois idiomas fiscais

Durante a fase de transição, o seu sistema precisará operar em um ambiente onde dois regimes tributários coexistem: o atual, com ICMS, IPI, PIS, COFINS e ISS, e o novo, com IBS, CBS e IS. Na prática, isso significa que o sistema terá que lidar com dois conjuntos de regras, campos, fórmulas, relatórios e lógicas de apuração tributária ao mesmo tempo. 

Como explica Martin Koller, especialista de produto do ZWeb, um dos principais softwares de gestão para o varejo nacional: 

“A Reforma Tributária vai mudar profundamente a forma como as empresas prestam serviços, produzem, vendem ou revendem produtos. Apesar da promessa de simplificação, ela introduz o conceito de split payment — uma nova forma de recolher impostos que ainda gera muitas dúvidas. Na prática, isso significa que os sistemas de gestão das empresas precisarão ser adequados, especialmente nas áreas financeira, de emissão de documentos fiscais e na integração com bancos e meios de pagamento. Para o empreendedor, é fundamental estar atento a essas mudanças para evitar surpresas e garantir que o negócio continue operando sem problemas. Além disso, é essencial manter um bom alinhamento com sua contabilidade durante toda a transição, para assegurar que cada passo seja dado da forma correta.” 

Ou seja, não estamos falando apenas de atualizar regras de impostos. Estamos diante de uma mudança profunda que afeta o fluxo financeiro, o relacionamento com adquirentes, bancos, marketplaces e toda a cadeia que se conecta ao seu sistema de gestão. 

Alguns impactos práticos no dia a dia: 

  • Emissão de NF-e: cálculo e destaque de tributos dos dois regimes em um mesmo documento. 
  • Cadastros de produtos e serviços: dados obrigatórios para ambos os modelos fiscais. 
  • Relatórios fiscais e contábeis: visão dupla, com segregação clara entre operações do regime antigo e novo. 
  • Apuração tributária: duas bases de cálculo, regras de compensação e obrigações simultâneas. 
  • Integrações financeiras: split payment pode afetar diretamente o modelo de recebimento e conciliação bancária. 

 

  1. O pós-transição: uma nova lógica para sistemas de gestão

A partir de 2033, o modelo tributário atual deixará de existir. ICMS, ISS, PIS, COFINS e IPI (o IPI ainda existirá para casos de zona franca) ficarão para trás. Os novos tributos terão regras nacionais, padronizadas e, em tese, mais simples. 

Mas isso não significa menos desafios para o sistema: 

  • Reengenharia do motor fiscal, com novas regras de cálculo e escrituração. 
  • Mudanças nas obrigações acessórias (possível substituição dos SPEDs). 
  • Precificação: novas estruturas de alíquota e regimes especiais. 
  • Atualização de toda a base de dados, validada e coerente com o novo modelo. 

 

  1. Como um sistema preparado pode fazer a diferença

Empresas que contam com um sistema adaptável e atualizado largam na frente. Afinal, os impactos da reforma não afetam apenas o setor fiscal, mas todo o funcionamento do negócio. 

Um sistema bem-preparado: 

  • Garante emissão correta de documentos fiscais, com cálculo adequado. 
  • Automatiza apuração e relatórios. 
  • Fornece validações inteligentes para evitar erros e multas. 
  • Oferece treinamento e suporte. 
  • Permite simular cenários com base nos novos modelos tributários. 

 

  1. O risco invisível: o impacto silencioso nos processos triviais

Muitos negócios só percebem os problemas quando a operação para. A reforma vai além das mudanças na alíquota ou na estrutura de tributos — ela impacta tarefas rotineiras que, até então, eram resolvidas com poucos cliques. 

Como destaca Regiane Maciel, contadora e especialista de produto do DEBX, um dos sistemas de gestão mais relevantes no setor industrial: 

“A Reforma Tributária não é apenas uma mudança fiscal — ela impacta cadeias de processo inteiras. Do cadastro de produtos ao cumprimento das obrigações acessórias, a reforma afeta diretamente o planejamento estratégico das empresas, com reflexos imediatos no fluxo de caixa, cadeia de suprimentos, contratação de fornecedores, formação de preços e ambiente de sistemas e tecnologia. 

Cada área será impactada de forma diferente, dependendo do setor de atuação de cada empresa. Por isso, a transição exigirá um esforço conjunto entre equipes internas e parceiros externos. A colaboração com contadores e departamentos contábeis será essencial — não só para o planejamento tributário, mas também para alinhar decisões estratégicas e operacionais. 

A prometida simplificação só virá após uma etapa desafiadora de ajustes, que começa no planejamento estratégico, passando pelo sistema até chegar aos usuários finais. Embora nossas soluções estejam sendo adaptadas às novas regras, a reforma tributária demanda mudanças que vão muito além da atualização dos sistemas. 

Empresas que deixarem essa adaptação para a última hora correm o risco de enfrentar altos custos, retrabalho e perda de competitividade no mercado.” 

Exemplos de impactos operacionais: 

  • PDV e balcão: falhas no cálculo de impostos, levando a preços errados ou rejeição de notas. 
  • Importação de XMLs: divergências entre regimes podem gerar erros automáticos. 
  • Precificação: dificuldade de entender a nova carga tributária e manter margens. 
  • Contabilidade integrada: retrabalho por inconsistência nos dados entre sistemas. 

 

  1. A Zucchetti está pronta – e sua empresa também pode estar

A Zucchetti já iniciou a reestruturação de seus sistemas para acompanhar a reforma tributária. Atuamos ao lado de especialistas fiscais, consultores e clientes para garantir que nossas soluções estejam preparadas para: 

  • A convivência dos dois regimes durante a transição. 
  • A adoção gradual de novas alíquotas e modelos de apuração. 
  • A migração completa para o novo modelo em 2033, com segurança e estabilidade. 

 

  1. Conclusão: a escolha é agora

A reforma já começou. Esperar a obrigatoriedade para agir é arriscar sua operação, sua conformidade e sua competitividade. 

Avaliar e preparar seu sistema desde já não é apenas uma precaução — é uma estratégia de sobrevivência e crescimento. 

Quer saber se seu sistema está pronto para a nova era tributária?
Converse com um especialista da Zucchetti e descubra como transformar a complexidade em vantagem competitiva. 

 

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